Não pegou o emprego porque não apresentou a sua folha corrida impressa em mimiógrafo.
Estava com pressa. Mas botou cebo nas canelas e chegou a tempo.
Era mau que nem pica-pau.
Só usava mocassin da Clark.
Um dandy. Usava camisa Volta ao Mundo.
Andava sempre na moda: suéter de ban-lon e meias de buclê.
Ela só aceitava convite se fosse para uma big festa.
Aquela noite ninguém pôde estudar: o candeeiro de carbureto não funcionou.
Dona Judith usava Super Flit.
Tomava Peitoral de Mel Guaco e Agrião.
Nas refeições não faltava água em quartinha.
Era um playboyzinho metido a bosseiro.
Andava sempre de ponto-em-branco.
Pirralho para uns é piá, para outros é mandinho.
Só usava guides da Germade.
Ela inticava com ele; dizia que era maricas.
Tinha areia na cabeça, não batia bem da cuca.
Babaca é que tem um parafuso frouxo.
Moço, coitado, bateu as botas.
Saía aos sábados à noite só para zanzar as minas.
A mucama botava as roupas para secar no quarador.
Você foi naquela de que nascia pelo na palma da mão de quem batia bronha.
Se você não fizesse doce de pêra no namorisco da sua irmã, não ganhava mesada semanal.
O cisqueiro recolhia o cisco todas as manhãs.
O caminhão do cabungueiros só passava uma vez por semana para recolher o cabungo.
No seu tempo embaixada era peneirada. E você era bom de combina.
Come-bola, você vivia amarrando partidas de futebol.
Usurário era pão-duro. O mesmo sovina, mão-de-vaca atual.
Você comprava na venda da esquina só no caderninho.
Seu avô fumava Liberty Ovais; seu pai bancava o tal fumando Hudson com ponta; você já era mais tranchan, fumava Elmo; seu filho só comprava Continental - a Preferência Nacional; seu neto era do tempo do Colúmbia.
Você andava de carro de praça.
Nas suas fugidas noturnas você gastava tanto com as mariposas nas pensões que acabou se pelando, ficou sem eira, nem beira.
Mal da barriga soltou um traque, na frente do brotinho com quem andava flertando.
Só tinha muquirana aquela noite lá na zona.
Foi tirar sarro da cara do outro e se deu mal, caiu do cavalo.
E o roto falava do esfarrapado...
Adorava refresco de groselha.
Todas as tardes tomava um frapê * de banana.
Curava a tosse com Conhaque de Alcatrão de São João da Barra.
Menina com boi não podia lavar a cabeça.
No Sul, Marumby-ouro era o uísque de hoje. Em São Paulo, a boa idéia era Tatuzinho.
Para ficar bonito e forte: Wa-Ka-Moto.
Seus pais não faziam gosto: ele era bem ralé, um lhegalhé qualquer.
Pobretão, um berdamerda!
Nada melhor pra saúde do que Galenogal.
Jeca Tatu só tomava Biotônico Fontoura.
Para dor de garganta: azul de metileno.
Para ficar mais forte que o Jeca Tatu, só Fimatozan.
Você tomava as Pílulas de Vida do Dr. Ross.
Nem pinga, nem cachaça... era caninha.
O primeiro cigarro - que você fumou escondido - era Negritos.
Aquele cinema do seu bairro era um pulgueiro.
Você comprava puxa-puxa do guri do balaio para comer no recreio do colégio.
Viciado em cuba-libre quis inovar e usou Grapette... Quase vomitou.
Apertado, resolveu ir-aos-pés** ali mesmo.
Ah que saudade você tem do leiteiro e do verdureiro que atendiam de porta em porta.
Você cansou de comprar leite em garrafa de vidro e tampinha de alumínio.
Para dor de cabeça: Cibalena.
Para o homem elegante: Bylcrem.
Para o seu cabelo, só Gumex.
Você se achava o máximo com aquela franja à Ronnie Von.
Machucou-se? Violeta Genciana!
Você era seco no bodoque, mas gostava mesmo era de jogar bilboquê.
Você era um Ás como chofêr de carrinhos de rolimã.