sábado, 21 de junho de 2008

O blog está em reconstrução. Grato pela visita.

quarta-feira, 4 de julho de 2007

Então estamos conversados: "recordar é viver". O presente só é possível pelo passado. O futuro ainda é saudade. Este espaço não passa, nem pretende passar de um baú de coisas do "arco-da-velha".

A idéia é que você confesse para si mesmo que é um herói de três séculos e se dê ao desplante de traduzir para seus filhos, netos e vizinhos o que essas palavras esquisitas significavam quando você ainda era um frangote.
  • Não pegou o emprego porque não apresentou a sua folha corrida impressa em mimiógrafo.
  • Estava com pressa. Mas botou cebo nas canelas e chegou a tempo.
  • Era mau que nem pica-pau.
  • Só usava mocassin da Clark.
  • Um dandy. Usava camisa Volta ao Mundo.
  • Andava sempre na moda: suéter de ban-lon e meias de buclê.
  • Ela só aceitava convite se fosse para uma big festa.
  • Aquela noite ninguém pôde estudar: o candeeiro de carbureto não funcionou.
  • Dona Judith usava Super Flit.
  • Tomava Peitoral de Mel Guaco e Agrião.
  • Nas refeições não faltava água em quartinha.
  • Era um playboyzinho metido a bosseiro.
  • Andava sempre de ponto-em-branco.
  • Pirralho para uns é piá, para outros é mandinho.
  • Só usava guides da Germade.
  • Ela inticava com ele; dizia que era maricas.
  • Tinha areia na cabeça, não batia bem da cuca.
  • Babaca é que tem um parafuso frouxo.
  • Moço, coitado, bateu as botas.
  • Saía aos sábados à noite só para zanzar as minas.
  • A mucama botava as roupas para secar no quarador.
  • Você foi naquela de que nascia pelo na palma da mão de quem batia bronha.
  • Se você não fizesse doce de pêra no namorisco da sua irmã, não ganhava mesada semanal.
  • O cisqueiro recolhia o cisco todas as manhãs.
  • O caminhão do cabungueiros só passava uma vez por semana para recolher o cabungo.
  • No seu tempo embaixada era peneirada. E você era bom de combina.
  • Come-bola, você vivia amarrando partidas de futebol.
  • Usurário era pão-duro. O mesmo sovina, mão-de-vaca atual.
  • Você comprava na venda da esquina só no caderninho.
  • Seu avô fumava Liberty Ovais; seu pai bancava o tal fumando Hudson com ponta; você já era mais tranchan, fumava Elmo; seu filho só comprava Continental - a Preferência Nacional; seu neto era do tempo do Colúmbia.
  • Você andava de carro de praça.
  • Nas suas fugidas noturnas você gastava tanto com as mariposas nas pensões que acabou se pelando, ficou sem eira, nem beira.
  • Mal da barriga soltou um traque, na frente do brotinho com quem andava flertando.
  • Só tinha muquirana aquela noite lá na zona.
  • Foi tirar sarro da cara do outro e se deu mal, caiu do cavalo.
  • E o roto falava do esfarrapado...
  • Adorava refresco de groselha.
  • Todas as tardes tomava um frapê * de banana.
  • Curava a tosse com Conhaque de Alcatrão de São João da Barra.
  • Menina com boi não podia lavar a cabeça.
  • No Sul, Marumby-ouro era o uísque de hoje. Em São Paulo, a boa idéia era Tatuzinho.
  • Para ficar bonito e forte: Wa-Ka-Moto.
  • Seus pais não faziam gosto: ele era bem ralé, um lhegalhé qualquer.
  • Pobretão, um berdamerda!
  • Nada melhor pra saúde do que Galenogal.
  • Jeca Tatu só tomava Biotônico Fontoura.
  • Para dor de garganta: azul de metileno.
  • Para ficar mais forte que o Jeca Tatu, só Fimatozan.
  • Você tomava as Pílulas de Vida do Dr. Ross.
  • Nem pinga, nem cachaça... era caninha.
  • O primeiro cigarro - que você fumou escondido - era Negritos.
  • Aquele cinema do seu bairro era um pulgueiro.
  • Você comprava puxa-puxa do guri do balaio para comer no recreio do colégio.
  • Viciado em cuba-libre quis inovar e usou Grapette... Quase vomitou.
  • Apertado, resolveu ir-aos-pés** ali mesmo.
  • Ah que saudade você tem do leiteiro e do verdureiro que atendiam de porta em porta.
  • Você cansou de comprar leite em garrafa de vidro e tampinha de alumínio.
  • Para dor de cabeça: Cibalena.
  • Para o homem elegante: Bylcrem.
  • Para o seu cabelo, só Gumex.
  • Você se achava o máximo com aquela franja à Ronnie Von.
  • Machucou-se? Violeta Genciana!
  • Você era seco no bodoque, mas gostava mesmo era de jogar bilboquê.
  • Você era um Ás como chofêr de carrinhos de rolimã.
  • * FRAPÊ - Batida de banana, guloseima feita no liquidificador à moda Dialeto de Pelotas - um BLOG à parte. **IR-AOS-PÉS - Obrar; fazer côco à moda Dialeto de Pelotas.

Lustra o chão com parquetina.
Usa a enceradeira em piso de tacos.

É um berdamerda.
É um coitado, um João-Ninguém.

O caixeiro da venda trouxe farinha.
O mensageiro fez o atendimento.

Fazia parigata no banco da praça.
Brincadeira de empurra-empurra.

Tomou Tatuzinho.
Cometeu suicídio por envenenamento.

Foi multado pelo pauzinho.
Multado pelo guarda de trânsito.

Passou por uma dupla de Pedro & Paulo.
Passou por uma dupla de policiais

O brigadiano estava de plantão.
O policial militar estava de serviço.

Comigo não tem parangolé.
Não tem conversa.

A vida não é sopa.
A vida está difícil.

Passa a borracha.
Esquece.

É um bocó, um brederodes.
Um tolo, um abobado.

Está cheio de pilas.
Está rico.

Ela vai na couve, é uma bruaca.
Mulher volúvel. Dadivosa.

É que nem drops Gardano.
Todo mundo gosta e quer.

Está fungando no cangote.
Investigando.

É baleiro Taco de Ouro.
Comedor, garanhão.

Ficou surdo que nem uma porta.
Não deu ouvidos a ninguém.

A peronha entrou zunindo.
Gol de petardo. A bola entrou com violência.

Vou te internar no Patronato.
Aviso paterno a aluno relapso ameaçando matriculá-lo em regime de internato rural.

Ela é cambota.
Tem as pernas tortas, arqueadas.

Quatro... Apresento o teu retrato.
Brincadeirinha com caixa de fósforos Fiat Lux.

Azar do Waldemar!
Tô nem aí!

Ele pensa que é o Amaral, o Tal.
Metido a besta.

É carnaval, vou cair no molho.
Vou brincar no carnaval.

Erra de gato quarenta e quatro!
Praga rogada.

Foi à festa todo becado.
Enrolado pra presente. Vestindo terno completo.

Balearam o Doca!
Pegaram alguém no contrapé.

Acende o fogão com Magi-Click.
Faz tudo com rapidez.

Roda bolsinha.
É de programa.

Logro pra quem é bobo.
Brincadeirinha de 1º de abril.

Faz tudo no vai da valsa.
Descuidado, sem precisão.

Para ficar tranchan, vestia carpins combinando com a gravata.
Para ficar elegante, usava meias combinando com a gravata.

Êta governo chola!
Que governo ruim.

Foi ao quartibanho. Foi à patente.
Foi ao sanitário, ao WC.

Petequeiro de cinema.
Bolinava as pessoas da platéia nas sessões de cinema.

Era um fresteiro.
Voyeur.

Ele é seco no bodoque.
Ele é bom no que faz, um especialista.

Pagou a luz no birô da Usina da Light.
Quitou a conta de energia elétrica no balcão da Companhia de Eletricidade.

Linda, causou um frisson quando chegou.
Linda, ela fez sucesso ao chegar.

De penhoar e chinelas de pompom.
Sensualidade delicada e casual.

Desencascorrou os calcanhares com pedra pôme.
Foi à pedicure.

Está na lona, em débâcle.
Faliu.

Ariou as panelas com pó de tijolo.
Lavou as panelas.